Projeto de lei em tramitação na Assembleia prevê desmatamento de 1.076 hectares de vegetação nativa
Fonte: JC Online - Blog Ciência e Meio Ambiente
Está em tramitação na Assembleia Legislativa [url=http://www.alepe.pe.gov.br/paginas/?id=3598&paginapai=3576&numero=1496%2F2010]projeto de lei[/url] enviado pelo governo do Estado que prevê o desmatamento, de uma só vez, de 1.076 hectares de vegetação nativa no Porto de Suape.
São 893, 4 ha de mangue, 17, 03 ha de mata atlântica e 166, 06 ha de restinga.
O objetivo é a ampliação da área do complexo portuário, entre Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, para a implantação de um estaleiro.
É o maior, asseguram ambientalistas, desmatamento de mangue já realizado no Brasil. Para se ter uma ideia da abrangência da devastação, a área que será suprimida equivale a mais de 1.000 campos de futebol. É que um campo corresponde a quase um hectare (10 mil metros quadrados).
A área a ser desmatada é maior do que o mangue que foi aterrado, na década de 80, para a implantação do próprio complexo: 600 hectares.
Se o procedimento é legal? É. A lei prevê esse tipo de ação, em caso de obras de utilidade pública ou interesse social, mediante decreto do governador, desde que se faça o replantio de área de igual tamanho. Como todo mundo sabe, não há mais área tão extensa disponível no litoral pernambucano. Mas, nesse caso, existe uma outra brecha legal: se não pode replantar, o empreendedor pode fazer a compensação ambiental promovendo a conservação de uma outra área de vegetação nativa.
E, também como todo mundo sabe, o governo tem maioria na assembleia. Ou seja, o projeto certamente será aprovado e virará lei.
Bem, fica a pergunta. Alguém já parou para mensurar a relação custo-benefício da geração de emprego e renda com o estaleiro e dos inumeráveis danos ambientais que serão causados com o corte, a uma só canetada do governador, de tanta vegetação?
Fonte: JC Online - Blog Ciência e Meio Ambiente
Está em tramitação na Assembleia Legislativa [url=http://www.alepe.pe.gov.br/paginas/?id=3598&paginapai=3576&numero=1496%2F2010]projeto de lei[/url] enviado pelo governo do Estado que prevê o desmatamento, de uma só vez, de 1.076 hectares de vegetação nativa no Porto de Suape.
São 893, 4 ha de mangue, 17, 03 ha de mata atlântica e 166, 06 ha de restinga.
O objetivo é a ampliação da área do complexo portuário, entre Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, para a implantação de um estaleiro.
É o maior, asseguram ambientalistas, desmatamento de mangue já realizado no Brasil. Para se ter uma ideia da abrangência da devastação, a área que será suprimida equivale a mais de 1.000 campos de futebol. É que um campo corresponde a quase um hectare (10 mil metros quadrados).
A área a ser desmatada é maior do que o mangue que foi aterrado, na década de 80, para a implantação do próprio complexo: 600 hectares.
Se o procedimento é legal? É. A lei prevê esse tipo de ação, em caso de obras de utilidade pública ou interesse social, mediante decreto do governador, desde que se faça o replantio de área de igual tamanho. Como todo mundo sabe, não há mais área tão extensa disponível no litoral pernambucano. Mas, nesse caso, existe uma outra brecha legal: se não pode replantar, o empreendedor pode fazer a compensação ambiental promovendo a conservação de uma outra área de vegetação nativa.
E, também como todo mundo sabe, o governo tem maioria na assembleia. Ou seja, o projeto certamente será aprovado e virará lei.
Bem, fica a pergunta. Alguém já parou para mensurar a relação custo-benefício da geração de emprego e renda com o estaleiro e dos inumeráveis danos ambientais que serão causados com o corte, a uma só canetada do governador, de tanta vegetação?








