Ferreiro_AL em 24/09/2009 - 13:19:39 escreveu:Mario Tulio em 22/09/2009 - 23:35:34 escreveu:Grande Alex! (pleonasmo) Estas histórias vão e vem, e a solução não aparece! Poucos, como o Saulo, soltam todos os peixes, mas isto não torna o amigo um paradigma, a partir do fato de que, como outros, ele come peixe. O fato de que nenhum de nós PRECISA comer, ou vender peixe para sobreviver, como necessidae básica, é definitivo para margear a atividade de lazer que praticamos. Existem ainda conceitos que não são levados em consideração no tempo em que estas atividades ao ar livre, extrativistas por sua natureza, eram consideradas normais. Gente que testemunhou isto, como eu, numa época de abundancia de recursos naturais, nem tinha como imaginar a falta de recursos de hoje, e a necessidade da preservação. Muitos crimes ambientais foram cometidos então, cujas consequencias vemos hoje. Para finalizar, temos que ter em mente que a ideia é vencer os preconceitos, e não manter posições radicais, pois todos tem uma parte da razão no final.
Com certeza Mário, todos temos uma parte da razão. Eu só acrescentaria "tbm da culpa". Em termos de pesca esportiva, não existem paradigmas reais, no geral é apenas capa. A pesca por si só e uma atividade impactante, não adianta simplicar a preservação ambiental no conceito do catch & release, pois ela transcede esse conceito muito fácilmente. Eu já cai na tentação de criticar algumas pessoas por não liberar o pescado, mas hj eu vejo, que de uma forma ou de outra, eu tbm causo impactos no meio ambiente. Eu gosto de passear de barco nas lagoas daqui, consumo pescado comercial, pisoteio recifes pra ir pescar, mato peixes ocasionalmente (embuchamento ou abate), quando não há alternativa, utilizo camarão de cultivos... E aí, como que é eu vou poder criticar alguém, na moral? Posso dar conselho, na melhor das hipóteses. Não dá pra vir bancando o "capitão planeta", pois já diz a sabedoria popular: "quem tem telhado de vidro, não joga pedra no do vizinho". Cara o que o Lipe Olinda mostrou não é 1/100000000000000 do que um certo pescador do ES mostrou um tempo atrás num certo fórum de pesca. Um massacre desnecessário de camurins, muitos abaixo da medida legal, um crime ambiental claro e consolidado.
Muito bem, Ferreiro. Devemos ter consciência do dano que realizamos para ter nossa diversão. Louvável seu entendimento quando reconhece seus atos. Quando pescamos, por exemplo, com saúna viva, não estamos "matando" um peixe, gerando um dano ambiental? Claro que sim. Acredito que devemos ter consciência e responsabilidade quando pescamos. Geramos danos ambientais? Sim, mas o que podemos fazer para repará-los? Essa é a questão.
Quando iniciei com a pesca, sinceramente, não tinha tal consciência, porém com o passar dos dias e sempre pescando com amigos que já a tinham, fui descobrindo o prazer de soltar os peixes.
Claro que não serei hipócrita a ponto de dizer que solto todos os peixes que pesco. Como muitos, eu como peixe, e não vou sair criando uma imagem que solto 100% dos peixes.
Já vi pescador que se diz 100% "esportivo" se preparando para comer um grande robalo pescado. Não vejo problema nisso. O problema está na falsa imagem transmitida.
O que precisa ser combatido é a matança de grandes exemplares, matrizes, bem como a matança de peixes que não chegaram à idade de reprudizir-se. Deve ser criada a consciência sobre o grande dano ambiental no uso das redes. Citando como exemplo, soube, neste mês de setembro, de pescadores que deixaram redes no Rio Paraíba e demoraram para retirar, e foram encontrados vários robalos apodrecendo, um verdadeiro crime ambiental.
Pois bem amigos, grandes e sábias palavras do Alexandre Cardoso, que, de muidinho só tem o apelido. De igual porte as palavras do Ferreiro-AL. Também não quero polemizar com ninguém. Devemos, antes de tudo conhecer as pessoas antes de ficar rotulando-as.
Abraços aos amigos do fórum.
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