Turismo faz golfinhos de Noronha procurarem outras áreas do arquipélago para repouso
Fonte: JC - Blog Ciência e Meio Ambiente
A Baía dos Golfinhos, em Fernando de Noronha, já não tem tantos golfinhos assim. Pesquisadores identificaram uma redução de 20% em relação há 20 anos, quando foram iniciados os estudos no lugar.
Os cetáceos, informam os estudiosos, estão trocando o lugar por uma outra área de Noronha, não mais na ilha principal, mas entre duas secundárias do arquipélago, a 540 quilômetros do Recife. O motivo da mudança no comportamento dos animais: fugir do barulho dos barcos de turismo.
A equipe do Projeto Golfinho-Rotador, ligado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), analisa o tempo de permanência, a frequência (quantos dias por ano) e o número diário de animais. “No início observávamos cerca de 350 golfinhos em 95 dias do ano”, conta o coordenador do projeto de pesquisa e conservação da espécie, José Martins.
O oceanógrafo sugere que, assim como a Baía dos Golfinhos, a nova área de ocorrência também seja fechada. “Ou seja, defendemos o isolamento da área com bóias”, diz José Martins.
O mergulho com os golfinhos é proibido na ilha desde 10 de março de 1987. Em 1992, uma resolução da chefia do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha vetou o nado com os animais. Sete anos depois, uma instrução normativa da administração do Distrito Estadual proibiu a prática em toda a ilha. “Teve também uma portaria de 1995 regularizando normas e procedimentos das atividades turísticas na área”, lembra Martins.
Os golfinhos chegam de madrugada à baía. Permanecem até 8h. Das 8h às 12h, ficam na nova área. Segundo Martins, os animais reproduzem o mesmo comportamento na nova área, como cuidar dos filhotes e descansar. A nova localidade a ser isolada é um pouco menor que a da baía, que forma uma semicircunferência.
Entre 1991 e 2005, a baía contou com a presença de golfinhos durante um terço do ano, com 100 golfinhos por dia e permanência de uma hora e meia. Em 2006 e 2007, 150 animais ocuparam o lugar metade do ano, permanecendo duas horas e meia por dia. Em 2008 e 2009, a frequência foi de 90%, totalizando 200 golfinhos por quatro horas diárias.
NOVA SEDE Além de novidades na área de pesquisa, o projeto comemora 20 anos com uma nova sede. O prédio, inaugurado no fim de março, aproveita iluminação e ventilação naturais. O conceito de consumo consciente de energia se alia ao reuso de águas pluviais, coletadas pelas calhas do telhado e armazenadas na cisterna.
Fonte: JC - Blog Ciência e Meio Ambiente
A Baía dos Golfinhos, em Fernando de Noronha, já não tem tantos golfinhos assim. Pesquisadores identificaram uma redução de 20% em relação há 20 anos, quando foram iniciados os estudos no lugar.
Os cetáceos, informam os estudiosos, estão trocando o lugar por uma outra área de Noronha, não mais na ilha principal, mas entre duas secundárias do arquipélago, a 540 quilômetros do Recife. O motivo da mudança no comportamento dos animais: fugir do barulho dos barcos de turismo.
A equipe do Projeto Golfinho-Rotador, ligado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), analisa o tempo de permanência, a frequência (quantos dias por ano) e o número diário de animais. “No início observávamos cerca de 350 golfinhos em 95 dias do ano”, conta o coordenador do projeto de pesquisa e conservação da espécie, José Martins.
O oceanógrafo sugere que, assim como a Baía dos Golfinhos, a nova área de ocorrência também seja fechada. “Ou seja, defendemos o isolamento da área com bóias”, diz José Martins.
O mergulho com os golfinhos é proibido na ilha desde 10 de março de 1987. Em 1992, uma resolução da chefia do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha vetou o nado com os animais. Sete anos depois, uma instrução normativa da administração do Distrito Estadual proibiu a prática em toda a ilha. “Teve também uma portaria de 1995 regularizando normas e procedimentos das atividades turísticas na área”, lembra Martins.
Os golfinhos chegam de madrugada à baía. Permanecem até 8h. Das 8h às 12h, ficam na nova área. Segundo Martins, os animais reproduzem o mesmo comportamento na nova área, como cuidar dos filhotes e descansar. A nova localidade a ser isolada é um pouco menor que a da baía, que forma uma semicircunferência.
Entre 1991 e 2005, a baía contou com a presença de golfinhos durante um terço do ano, com 100 golfinhos por dia e permanência de uma hora e meia. Em 2006 e 2007, 150 animais ocuparam o lugar metade do ano, permanecendo duas horas e meia por dia. Em 2008 e 2009, a frequência foi de 90%, totalizando 200 golfinhos por quatro horas diárias.
NOVA SEDE Além de novidades na área de pesquisa, o projeto comemora 20 anos com uma nova sede. O prédio, inaugurado no fim de março, aproveita iluminação e ventilação naturais. O conceito de consumo consciente de energia se alia ao reuso de águas pluviais, coletadas pelas calhas do telhado e armazenadas na cisterna.




