Bem pessoal, como o Ivan “Shrek” (isso ele não falou, né... kkk... ) já fez o abre-alas, então somente resta a este pobre mortal comentar as fotos e os “causos acunticidos”. Senta que lá vem “estória”.
Até chegarmos ao local, muita boiada pela frente, às vezes um ou outro até descia do carro, enganado pelo chamado do berrante... mas a pescaria foi mais forte!
Artilharia apontada para os alvos...
Pancadaria na superfície pra tudo quanto é lado e o arremesso cai no melhor lugar de pegar peixe... no canto da boca! Briga daqui e de lá, peixe querendo afundar o barco

, menino quase pulando na água, o nosso anfitrião Cabeça Branca praguejando tudo quanto é nome pq, segundo ele, eu não tava querendo embarcar o peixe... e eis que prancha ao meu lado um belo tuca de 4kg... aí foi só alegria! Quer dizer... até o Cabeça meter a mão na guelra do pobre para levar para a esposa...

ainda bem que foi só esse!
Pouco depois da foto abaixo, o Ivan tava com o dedão na boca chorando pela ‘mamãe’, mais triste que ‘badalo de sino em noite de quermesse’... aí eu pensei: “P*** injustiça com o cara, vou dar uma colher de chá... CHEGA MAIS IVAN, VEM PEGAR TEU TRAIRÃO!” Só sei que depois de alguns minutos ele conseguiu tirar aquela outra foto...
Quando chegamos nesse ponto, era caco de isca artificial voando pelos ares... os trairões não davam trégua e nem respeitavam ninguém... aí isquei uma big game 130 cor 024 (amarela, apesar do número) e mandei ver... de repente um míssil entra rasgando tudo

, muita tomada de linha e nada de saltar, pensei “não pode ser bicuda... ”, e estava certo, depois de muito tempo aparece um “freshwater swordfish” ou “peixe espada de água doce”...

. . foi o maior peixe que já consegui pegar no “laço”... depois dessa só considero bicuda se tiver mais que 5kg e cabelo no bico. O pessoal dando plástico pra trairão e eu feliz da vida!
As iscas de meia água também deram seu quinhão, destaque para a belezura da foto – a aile magnetic. Ah... o peixe também é bonito! Já o pescador...
Olha pessoal... o rio é tão piscoso, mas tão piscoso... que não tive dificuldades em pegar dois peixes numa só isca várias vezes... tão duvidando?! Então olhem só o segundo ocelo do que tá por detrás...
Para não dizer que a gente não solta, segue a foto que montam... ops, tiramos!
Pausa para “distravá a culuna”!
Vamos falar sério... num lugar desse o peixe nem precisa ser grande! Ah, as galhadas não são de árvore não... são do pessoal no outro barco...
Pose de galã e uma seqüência de bons tucas...
Essa foto tem uma historinha: descíamos batendo o remanso abaixo de uma corredeira e fomos chamados por uma mulher que pescava no barranco. Ela nos avisou sobre o barco da SEMA que fiscalizava a região (há luz no fim do túnel), agradecemos e íamos saindo quando uma bicuda deve ter se espantado com o motor e saltou dando uma cabeçada nas costas do piloteiro...

... no meio da confusão, a “quenga véia” do Sérgio pega o peixe e me dá outras 3 lapadas nas costas, soltando o bicho na seqüência. Dei o “troco” com o tucunaré abaixo, que já estava separado para o nosso almoço... mas que as lapadas da bicuda doeram muito, isso não dá pra negar!
Outros protagonistas!
Era quantidade de peixe de “tirar o chapéu”, literalmente... nem deu tempo de explicar ao Ivan que o fotógrafo normalmente avisa antes de bater a foto!
Após o belo embate com esse tucunaré, eis que um dos piloteiros tenta sair na foto... e não pensem que se trata de uma tentativa de resgate de um grande tucunaré das galhadas, assim como ocorre no açude Castanhão. Com vocês... ali no cantinho, de coadjuvante, .. aquele que metia o barco nas moitas de “unha de gato” para desenroscar isca com o motor a toda e F***-se quem estivesse na proa, o “ser” que conseguiu derrubar quase um pescador do barco por dia, o homem que levou a "bicudada" e quase nem sentiu: seu Durval – o Môco!
No Fontoura tem alguns tucunarés criados, alguns até falam... esse aqui chegou a ensaiar uma reclamação das garatéias, mas desistiu quando falei que não estávamos gravando, seria apenas uma foto! Acho que meu visual "Wolverine" tb ajudou a emudecer o coitado...
Da esquerda para a direita: “Topo Gigio”, "Môco" e este galã que vos redige!
Corredeira do excelente ponto chamado “Curvão”!
Local um pouco acima do Curvão, também excelente para tucunas, cachorras, bicudas e trairões.
Foto evidenciando a evolução do nosso segundo “guia” - William - como fotógrafo, talvez até chegando a abandonar a carreira de pedagogo futuramente... aliás, como guia ele é um excelente contador de estórias!
Era tanto poraquê nesse lugarzinho que o batizamos de hidrelétrica...

mas saíram alguns peixinhos mesmo assim!
E peixões também!
Vejam o nosso querido guia “seu” Durval – o Môco – em ação, partindo para desenroscar uma isca. Observem que o “Gayúcho” (Catarinense metido a gaúcho) Alexandre, na proa, já ensaia como irá se proteger com as mãos enquanto – PASMEM! - Ivan “Shrek” tenta entrar no viveiro sob seu banco!
As cachorras do Fontoura não são popozudas e dificilmente vc irá desejar um “ballcat” de uma delas, mas elas tb freqüentam a noite, põem tudo pra cima e pra quebrar e rebolam à beça quando estão a fim... não foi à toa que eu fiquei fissurado!
Bicuda pequena para os padrões do Fontoura.
Foto excelente para os padrões dos fotógrafos disponíveis.
Bicuda “caroço de arroz” para os padrões do Fontoura.
Mata ciliar preservada!
William, dublê de modelo, dublê de pescador, dublê de fazendeiro, dublê de professor... e dublê de piloteiro!
Cabeça Branca e seu trairão branco!
Bem, pessoal, aqui uma homenagem ao verdadeiro pescador que pegou todos esses peixes: o bom garoto João Paulo!
Essas são algumas das muitas imagens e “estórias” da nossa divertida aventura no rio Comandante Fontoura ou Liberdade, há cerca de 80 km da cidade de Santa Cruz do Xingu-MT, ocorrida no final de agosto deste ano. Ainda tivemos a felicidade de fisgar dois peixes muito grandes, um com aprox. 70kg e outro com cerca de 100kg, infelizmente não há fotos desses momentos, o que, pela regra, os tornam boatos. Mas eles continuam lá no rio Fontoura, para dar alegria a outros pescadores. Esses “peixes” atendem pelos nomes de William e Cabeça Branca

, sendo “fisgados” no polegar da mão esquerda e joelho direito, respectivamente.
Foram dias de muita alegria que ficarão marcados eternamente na memória, graças especialmente ao grupo formado: Walter, Sérgio, Ivan e Alexandre... excelentes amigos e parceiros de tantas outras pescarias que ainda virão!
Obrigado e grande abraço a todos!
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