Ferreiro_AL em 28/11/2009 - 08:56:59 escreveu:Lazarus, ontem eu tava lendo um artigo de impactos ambientais no estuário do Rio Timbo e esse trabalho dizia que a pesca predatória é o impacto mais forte nesse local, até mais do que o esgoto sanitário e industrial. Vc confirma isso, pelo menos visualmente?
Ferreiro, É complicado esse assunto de pesca predatória porque envolve pessoas humildes e leigas, no sentido de não ter acesso à informação, que precisam sobreviver e por isso torna o argumento difícil.
Como convencer um pescador a soltar um robalo que tenha menos de 50 cm, denominado pela legislação, mas, que tem um peso razoável e que dá pra alimentar uma família que sente fome ou arrumar dinheiro para saúde, educação, etc?
Como dizer para ele que se ele soltar o peixe pode incentivar a pesca esportiva ná região, atrair turistas e por sua vez, mais receita para o município que, teoricamente ira dar mais condições digna para a população?
Sabemos que isso não acontece porque o governo do estado, cidade ou município e porque não dizer, federal, não se preocupa com o principal rio da região metropolitana do Recife, cito o Rio Capibaribe que corta a capital e é uma nojeira só, imagina com o Rio Timbó.
Em uma das minhas pescarias lá no local, presenciei um pescador colocar uma rede que ia de uma e extremidade à outra do rio, no lado esquerdo do píer e que só não colocou outra porque nós pedimos.
Outro pescador conhecido nosso, um que vende camarão vivo pequeno, não pesca mais lá porque o IBAMA já tem mandado de prisão contra ele, motivo: denuncia de pesca de robalo abaixo do permitido. O mesmo pescador só pesca agora em outro pesqueiro famoso da divisa de PE com PB.
Realmente, acredito estar ficando desequilibrado o ambiente e não é de hoje, porém, é válida a luta contra a degradação da fauna marinha e dos rios.
Não desanimo e torço para que nossos governantes nos ajudem nessa empreitada, porém, vocês hão de convir que seja complicado e quase utópico.
Bem, é isso.
