Sabíamos que encontraríamos diletos amigos no rio, o que mais me entusiasmou, particularmente, pois estou sem poder pescar em função de problemas nos ombros, resultado de carteira de identidade vencida... eheheh... Nem segurar direito a câmera está fácil, mas a secura de estar no rio e reencontrar bons amigos é suficiente para a aventura.
Quem se lascou foi o Miudinho, pois normalmente eu piloto, e dessa vez ele teve que assumir, eu só na boa...
Pois bem, mal saímos, antes de chegar ao Meral, apareceu o primeiro problema. A hélice começou a patinar e só podíamos navegar em baixa velocidade. Como normalmente já andamos devagar devido a potencia do motor, 8 HP, a viagem foi em câmera lenta. Mas nada mal, só estar ali, com o céu aberto, azulzinho, brisa suave, garças braças salpicando de algodão as margens verdes, que maravilha!
Nem sinal de nossos amigos, que são madrugadores. Quando chegamos, de há muito o Nilton deveria estar no rio. Para ele, quando começa a clarear já está descansando de tanto pincho na escuridão, em busca de sua primeira paixão na pesca esportiva, o camurupim. Certo, Nilton?
Pois bem, com o motor dando prego, não nos restava muitas opções. Num pontinho básico, onde peguei meu primeiro robalo de dois dígitos (06 kg, são dois dígitos, ou não?), começamos os trabalhos.
As iscas usadas eram camarões artificiais com jig head, pois os pinchos não eram nas galhadas. Nessa altura nem a câmera ligada estava, pois para compensar o peso morto e facilitar a vida dos dois, fiquei no motor elétrico, usando apenas o braço em melhores condições, o direito.
Não se passou muito tempo e os espíritos do mangue vieram nos dar as boas vindas... O André estava engatado com um belo peixe, o primeiro capturado nessa modalidade, e ainda por cima estreando o material...
Demorou muito para eu pegar a câmera, e, quando o fiz, foi apenas para registrar os momentos finais do embarque. Daqui a pouco você verão em vídeo...
Mais alguns pinchos e o Alexandre resolveu dar uma olhada no motor. Como estava maré cheia, a opção foi procurar aqueles ranchos na beira do rio, único lugar onde existem barrancos nessas condições.
Demorou mas encontramos, e, após algum trabalho, chegou-se à conclusão de que não havia alternativa, o jeito era parar, mas antes ficamos numa curva do rio esperando para ver se passava algum amigo.
Daqui a pouco chegou um, depois chegou outro, e, finalmente, o barco do Auricélio. Foi motivo de muita confraternização e conversa jogada fora. Aqui vão as fotos do encontro, verdadeiro convescote no barranco.
Depois de muito bate papo, resolvemos continuar a pescaria. Como a maré estava baixando, resolvemos descer o rio em direção à barra, seguindo a correnteza, não sem antes dizer aos amigos onde estaríamos caso até o fim da tarde não aparecêssemos no ancoradouro.
A verdade é que diante da situação resolvemos dar por encerrada a pescaria, pois além do motor com problemas, logo em seguida a bateria arriou. Não era mesmo para pescar nesse dia. No caminho, num pontinho especial, paramos para dar um pincho, e não é que o iniciante fisgou mais um bom peixinho? Um baby tarpon com 2 kg aproximados (chute), que no segundo pulo escafedeu-se, jogando para dentro do barco o camarão artificial. Câmera, nem pensar, não deu tempo...
Não sabemos do resultado da pescaria dos amigos. Espero que ao ler esse relato, completem a matéria...
Como prometido, aqui vai o filminho da soltura do robalo do André.
Obrigado pela paciência e até a próxima!














