Tive o enorme prazer de conhecer o Octavio Campos Salles em 2006 quando pesquei no rio Caurés-AM, seu blog trás algumas experiências como fotógrafo profissional e outros assuntos relacionados a fotografia, observação de aves e natureza. Vale a pena conferir!
Fonte: Octavio Campos Salles
Que a Amazônia vem sendo destruída a muito tempo isso não é novidade pra ninguém, mas agora o governo Dilma vem batendo recordes, como se já não bastasse o recorde de ministros envolvidos em falcatruas e, claro, nossa presidente “não sabia de nada”.
No primeiro dia do ano começaram a construir a polêmica barragem de Belo Monte, que vai mudar pra sempre a ecologia do Rio Xingu e de toda a floresta ao redor que interage com o rio e o modo de vida dos moradores locais. Esse, no entanto, será o menor dos impactos. A barragem vai trazer maior urbanização na região, construção ou melhorias de estradas e “ramais” e um maior número de colonos ávidos a desmatar a floresta. Com certeza a indústria monopolista da soja já está de olho, afinal pra eles, quanto mais perto do Rio Amazonas, melhor. Fica mais barato escoar a produção se comparar com a soja produzida no MT. Os grandes pecuaristas também já estão por ali, como urubus cercando uma carniça.

A seta amarela aponta o local da Usina de Belo Monte.
A pressão sobre toda a porção leste/sudeste da Amazônia já é forte há muitos anos. O extremo leste da Amazônia já foi completamente destruído, falo daquela área gigantesca que ocupava boa parte do Maranhão e todo o leste do Pará e norte do Tocantins. Agora esse arco de desmatamento, que ganha força pelo sul, pelo Mato Grosso, vai cercando a floresta no Pará ao sul do Rio Amazonas.
O governo vai mexendo seus pauzinhos, articulando daqui e dali pra conseguir o que quer. Como representantes do governo afirmaram em reunião com o pessoal do movimento Gota d’água (aquele dos artistas, e que coletou 1,35 milhões de assinaturas em pouco tempo), as obras não serão interrompidas pois o investimento já é alto demais pra voltar atrás. Investimento de quem??? Certamente alguma mega-construtora está ganhando bilhões, assim como toda a politicagem que cerca o caso. Que eu saiba, que me ensinaram na escola, o governo democrático, eleito pelo povo, deve representar as vontades do povo, e não as vontades próprias! Mas com o tempo a gente vai ficando mais esperto, mais calejado, e percebe que o governo só vê mesmo as coisas que lhe interessam. Como Benjamin Franklin já disse: “A democracia são dois lobos e uma ovelha votando sobre o que vão querer pro jantar“. Adivinha quem são as ovelhas???
Enquanto isso o governo federal segue desapropriando os moradores da região sem consultas e maiores explicações (afinal, quem liga pra um bando de índios e ribeirinhos do interior do Pará, não é mesmo?), e segue cedendo licenças de desmatamento sem qualquer tipo de consulta ambiental, da mesma forma que segue com as obras de Belo Monte, mesmo tendo dezenas de casos ainda a serem julgados pela justiça. Justiça… sic, a justiça brasileira me dá nojo.

Belo Monte é só o começo. Outras usinas, como as do Rio Tapajós, ou a de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, já estão em plena fase de planejamento e execução. No dia 06 de janeiro, quando todo mundo ainda estava de ressaca do reveillon, a presidente Dilma assinou na surdina a Medida Provisória pra diminuir ou alterar as áreas de parques nacionais, florestas nacionais e outras reservas ambientais que “estão no caminho” dessas futuras hidroelétricas. Essas usinas podem ser licitadas já agora em 2012 (espere novidades durante o carnaval), e terão impacto ambiental muito maior que a de Belo Monte, pois serão construídas em regiões mais preservadas da Amazônia. O governo dá prioridade a essas usinas e as considera como “planos estratégicos”. Podem escrever: é o fim de toda a porção leste/sudeste/sul da Amazônia. Nos anos 70 e 80 vimos a invasão da Amazônia por colonos pobres, financiada pelo governo. Hoje vemos a invasão das mega-construtoras. É uma nova fase no Brasil. Enquanto os EUA lucram com as guerras mantidas e perpetuadas em nome do petróleo (apesar de grande parte da população ser contra), o governo brasileiro agora aprendeu a lucrar com os mega projetos na Amazônia.
Essa situação só pode ser revertida quando o povo entender que o governo não está aqui pra te ajudar, o governo é seu inimigo. São simplesmente pessoas que estão no topo do poder e controlam o povo ignorante como marionetes idiotas. As cabeças pensantes, como eu e você, são muito poucos, sem força pra mudar alguma coisa. Os políticos não são técnicos especialistas em soluções, mas sim especialistas em politicagem. Os imperadores romanos, criadores da política do pão e circo, certamente ficariam muito orgulhosos em ver como as coisas funcionam hoje em dia.
Fonte: Octavio Campos Salles
Que a Amazônia vem sendo destruída a muito tempo isso não é novidade pra ninguém, mas agora o governo Dilma vem batendo recordes, como se já não bastasse o recorde de ministros envolvidos em falcatruas e, claro, nossa presidente “não sabia de nada”.
No primeiro dia do ano começaram a construir a polêmica barragem de Belo Monte, que vai mudar pra sempre a ecologia do Rio Xingu e de toda a floresta ao redor que interage com o rio e o modo de vida dos moradores locais. Esse, no entanto, será o menor dos impactos. A barragem vai trazer maior urbanização na região, construção ou melhorias de estradas e “ramais” e um maior número de colonos ávidos a desmatar a floresta. Com certeza a indústria monopolista da soja já está de olho, afinal pra eles, quanto mais perto do Rio Amazonas, melhor. Fica mais barato escoar a produção se comparar com a soja produzida no MT. Os grandes pecuaristas também já estão por ali, como urubus cercando uma carniça.

A seta amarela aponta o local da Usina de Belo Monte.
A pressão sobre toda a porção leste/sudeste da Amazônia já é forte há muitos anos. O extremo leste da Amazônia já foi completamente destruído, falo daquela área gigantesca que ocupava boa parte do Maranhão e todo o leste do Pará e norte do Tocantins. Agora esse arco de desmatamento, que ganha força pelo sul, pelo Mato Grosso, vai cercando a floresta no Pará ao sul do Rio Amazonas.
O governo vai mexendo seus pauzinhos, articulando daqui e dali pra conseguir o que quer. Como representantes do governo afirmaram em reunião com o pessoal do movimento Gota d’água (aquele dos artistas, e que coletou 1,35 milhões de assinaturas em pouco tempo), as obras não serão interrompidas pois o investimento já é alto demais pra voltar atrás. Investimento de quem??? Certamente alguma mega-construtora está ganhando bilhões, assim como toda a politicagem que cerca o caso. Que eu saiba, que me ensinaram na escola, o governo democrático, eleito pelo povo, deve representar as vontades do povo, e não as vontades próprias! Mas com o tempo a gente vai ficando mais esperto, mais calejado, e percebe que o governo só vê mesmo as coisas que lhe interessam. Como Benjamin Franklin já disse: “A democracia são dois lobos e uma ovelha votando sobre o que vão querer pro jantar“. Adivinha quem são as ovelhas???
Enquanto isso o governo federal segue desapropriando os moradores da região sem consultas e maiores explicações (afinal, quem liga pra um bando de índios e ribeirinhos do interior do Pará, não é mesmo?), e segue cedendo licenças de desmatamento sem qualquer tipo de consulta ambiental, da mesma forma que segue com as obras de Belo Monte, mesmo tendo dezenas de casos ainda a serem julgados pela justiça. Justiça… sic, a justiça brasileira me dá nojo.

Belo Monte é só o começo. Outras usinas, como as do Rio Tapajós, ou a de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, já estão em plena fase de planejamento e execução. No dia 06 de janeiro, quando todo mundo ainda estava de ressaca do reveillon, a presidente Dilma assinou na surdina a Medida Provisória pra diminuir ou alterar as áreas de parques nacionais, florestas nacionais e outras reservas ambientais que “estão no caminho” dessas futuras hidroelétricas. Essas usinas podem ser licitadas já agora em 2012 (espere novidades durante o carnaval), e terão impacto ambiental muito maior que a de Belo Monte, pois serão construídas em regiões mais preservadas da Amazônia. O governo dá prioridade a essas usinas e as considera como “planos estratégicos”. Podem escrever: é o fim de toda a porção leste/sudeste/sul da Amazônia. Nos anos 70 e 80 vimos a invasão da Amazônia por colonos pobres, financiada pelo governo. Hoje vemos a invasão das mega-construtoras. É uma nova fase no Brasil. Enquanto os EUA lucram com as guerras mantidas e perpetuadas em nome do petróleo (apesar de grande parte da população ser contra), o governo brasileiro agora aprendeu a lucrar com os mega projetos na Amazônia.
Essa situação só pode ser revertida quando o povo entender que o governo não está aqui pra te ajudar, o governo é seu inimigo. São simplesmente pessoas que estão no topo do poder e controlam o povo ignorante como marionetes idiotas. As cabeças pensantes, como eu e você, são muito poucos, sem força pra mudar alguma coisa. Os políticos não são técnicos especialistas em soluções, mas sim especialistas em politicagem. Os imperadores romanos, criadores da política do pão e circo, certamente ficariam muito orgulhosos em ver como as coisas funcionam hoje em dia.








