Visão panorâmica do rochedo do farol
Nossa bandeira
Enseada onde ocorre muitas Barracudas e Tartarugas
Tartaruga marinha
Arraia gigante
Mar agitado na enseada
Barco pesqueiro
Abaixo mais informações sobre este inóspito local muito desejado nos sonhos dos pescadores.
Fonte: Arquivo Histórico do Radioamador Brasileiro
LOCALIZAÇÃO E UM POUCO DE HISTÓRIA
Localizado a 00º 55' N e 29º 21" W, logo acima da linha do equador, distando aproximadamente 620 milhas de Natal-RN, o rochedo de São Pedro e São Paulo, de origem vulcânica, é um pontinho perdido, no meio do nada, fora das rotas de navegação e totalmente desconhecido para a grande maioria de nosso povo.
Durante centenas de anos não despertou qualquer interesse de ocupação e ficou praticamente abandonado. O governo brasileiro certamente nunca viu motivos relevantes para investir naquele monte de pedras.
Nada existia, ali, além de aves marinhas que nidificam e muitos caranguejos. Apenas pedras batidas pelo sol, pelo vento e pela fúria da água do mar.
Sem praia, sem água doce e nem mesmo sombra, o rochedo sempre foi, na verdade um paredão de rochas escarpadas que estremecia ao ser batido pelas ondas e não oferecia segurança a quem pretendia desembarcar. Os próprios pescadores, acostumados à vida dura do mar, não viam motivos para colocar os pés por lá.
Há muitas histórias antigas que falam de naufrágios ocorridos ali, com navegadores aventureiros e barcos pesqueiros de diversas nacionalidades.
Até alguns anos atrás, era comum a presença de barcos de outros paises, que se aproveitavam da grande piscosidade da área para encher seus porões de pescado. Isso mesmo, qualquer barco pesqueiro estrangeiro chegava por lá, pescava o que queria, depois retornava a seu pais, sem dar qualquer satisfação aos donos da casa, nós brasileiros.
Antigamente funcionou ali um farol automático, que foi construído pela Marinha em 1932 e que após algumas poucas décadas de uso, foi destruído, corroído pela ferrugem e pela falta de manutenção adequada.
De uns anos para cá, as autoridades tiveram de atender as exigências internacionais que regem a soberania sobre ilhas desabitadas. Para garantir ao Brasil os direitos de propriedade da área e exclusividade de exploração econômica, (principalmente a pesca), nas 200 milhas ao redor do rochedo, o governo deu à Marinha brasileira condições básicas para habitar a ilha.
Em agosto de 1995 foi erguido ali um novo farol automático. Algum tempo depois, por motivos de ordem técnica, a Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM), órgão do Ministério da Marinha responsável pelo arquipélago, resolveu alterar o nome do rochedo, que passou oficialmente a se chamar Arquipélago de São Pedro e São Paulo.
A partir de então, navios militares patrulham regularmente a região, e a manutenção ao farol passou a ser rotina.
Em 1998 a Marinha construiu uma casa de madeira, onde passou a funcionar uma estação de pesquisas e fez um pequeno atracadouro, para permitir o desembarque de pessoas e materiais por meio de barcos infláveis ou pequenas jangadas.
Além disso, instalou uma passarela de madeira ligando o atracadouro à pequena casa, onde funciona a estação científica. a qual passou a dispor de energia solar, dessalinizador de água, equipamentos para pesquisas marinhas e uma estação de radio-comunicação.
Desde então a ilha é um local realmente ocupado, pois passou a abrigar pesquisadores que são substituídos a cada 12/15 dias. Esses cientistas são assistidos regularmente pelos navios da Marinha que fazem manutenção e por pequenos barcos contratados em Natal-RN, para o transporte dessas pessoas e de tudo o que é necessário para sua permanência.
Ao lado da casa, no alto de um mastro, passou a tremular a bandeira do Brasil.
Rochedo de São Pedro e São Paulo
Fonte: [url=http://pt.wikipedia.org/wiki/Rochedo_de_S%C3%A3o_Pedro_e_S%C3%A3o_Paulo]WikiPédia[/url]
O Rochedo de São Pedro e São Paulo (oficialmente, Arquipélago de São Pedro e São Paulo) é um rochedo de origem vulcânica (ou ilhota) no Oceano Atlântico Norte, localizado a 00º 55' N (pouco acima da linha do Equador) e no meridiano de 29º 21" W, que constitui uma das possessões atlânticas do Brasil. O rochedo fica a cerca de 620 milhas de distância de Natal e é o ponto mais oriental do território brasileiro.
O rochedo é formado por quatro penedos de pedras escarpadas em formato arqueado, com a face côncava (enseada) voltada para noroeste. A largura da enseada é de 45 metros e o comprimento total do rochedo não passa de 100 metros. O formato favorece a formação de ondas fortes e o local não oferece condições de ocupação. Não há praias arenosas nem fontes de água doce. Segundo relatos, o local foi cenário de inúmeros naufrágios. Atualmente, é um santuário e habitat natural de pássaros.
A administração da ilhota está a cargo da Marinha do Brasil. Em agosto de 1995, a Marinha ergueu no rochedo um farol automático que dispensa a operação manual.
Não se sabe ao certo a data da descoberta do rochedo. A formação não consta da Carta Mundial Turca (mapa-múndi) de 1513, mas já é assinalada na Carta de Mercator, de 1538.
Arquipélago de São Pedro e São Paulo
Fonte: [url=http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquip%C3%A9lago_de_S%C3%A3o_Pedro_e_S%C3%A3o_Paulo]WikiPédia[/url]
O Arquipélago de São Pedro e São Paulo, chamado antigamente de Penedo de São Pedro e São Paulo, localiza-se no oceano Atlântico, na altura da linha do Equador, distando 870 km do Arquipélago de Fernando de Noronha e 1.010 quilômetros de Natal, no estado do Rio Grande do Norte. Administrativamente, integra o estado de Pernambuco. O arquipélago inteiro está enquadrado na área de proteção ambiental.
Características
Um dos lugares mais inóspitos do país, o arquipélago é constituído por dez pequenas ilhas, cinco rochedos maiores e os demais menores, que ocupam uma área de cerca de 0,1 km².
A maior de suas rochas, batizada de Belmonte em homenagem à embarcação de mesmo nome da Marinha do Brasil que ali iniciou a montagem de um farol aeromarítimo, tem uma elevação máxima de 22,5 metros e o seu tamanho é de aproximadamente 100 metros de comprimento por 60 metros de largura. As demais maiores rochas apresentam:
Rocha Sudoeste (Ilhota São Paulo): 3.000 m²
Rocha Sudeste (Ilhota São Pedro): 1.500 m²
Rocha Noroeste: 1.000 m²
Rocha Nordeste: 1.000 m²
Geológicamente, trata-se dos cumes de um gigantesco afloramento rochoso, a cerca de 4.000 metros de profundidade. Essa formação é única entre as ilhas oceânicas do Atlântico, por não ser de origem vulcânica. A sua formação plutônica, após anos de discussão, só veio a ser aceita pelos geólogos em 1947.
Nenhum dos rochedos dispõe de água potável. Apenas a maior das rochas possui vegetação, rasteira e rala. As demais possuem flora. Os penedos servem de abrigo a diversas espécies de aves marinhas (Anous minutus, Anous stolidus e Sula leucogaster, por exemplo), que os cobrem com seus excrementos, formando o guano, um tipo de adubo orgânico natural. Outras espécies que podem ser relacionadas são os caranguejos (como o Grapsus grapsus), diversos tipos de insetos e de aranhas.
Descobrimento
As rochas foram descobertas acidentalmente por navegadores portugueses, quando a Armada de 20 de abril de 1511, composta por seis caravelas, sob o comando do Capitão-mor D. Garcia de Noronha, com destino à Índia, aí registou o seu primeiro naufrágio (de acordo com o Livro das Armadas, apenas duas das suas embarcações chegaram ao seu destino). Navegando em mar aberto, em noite fechada, ouviu-se de súbito o rugir das ondas, e antes que fosse possível qualquer providência, a São Pedro, sob o comando do capitão Manuel de Castro Alcoforado, encontrava-se encalhada sobre um dos rochedos, com os fundos abertos.
Visitantes ilustres
Na manhã do dia 16 de fevereiro de 1832, os rochedos foram visitados por Charles Darwin, na primeira parte de sua viagem a bordo do HMS Beagle ao redor do mundo.
Por ali também passou o irlandês Ernest Henry Shackleton (1874-1922), a bordo do Quest, em 1921 (expedição "Shackleton-Rowett 1921-1922").
Outros visitantes ilustres foram Gago Coutinho e Sacadura Cabral, que ali amararam em 1922, para reabastecimento com o Cruzador República, da Marinha de Portugal.
O Programa Arquipélago
Embora inóspito para a vida humana, o recente interesse pelo arquipélago decorreu da assinatura, pelo Brasil, da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), que no item 3 do artigo 121, reza:
"Os rochedos que, por si próprios, não se prestam à habitação humana ou à vida econômica não devem ter Zona Econômica Exclusiva (ZEE) nem plataforma continental."
Embora o arquipélago sempre tenha sido objecto de pesquisas, visando determinar os seus recursos pesqueiros, assim como os parâmetros físico-químicos e biológicos das suas águas, bem como para colecta de dados meteorológicos, em 1995 a Marinha do Brasil iniciou ali a construção de um novo farol, visando reduzir a incidência de naufrágios em suas águas, decorrentes da pouca visibilidade dos rochedos, que apresentam uma altitude máxima de 18 metros, permanentemente batidos pelas ondas.
O primitivo farol havia sido iniciado na ilhota Belmonte em 1930, pela tripulação do Belmonte, sob o comando do Capitão-de-Fragata Álvaro Nogueira da Gama. O trabalho fora interrompido pela eclosão da Revolução de 1930, apenas sendo concluído em 1931, para ser destruído, provavelmente por um tremor tectônico, em 1933, sendo abandonado.
O actual farol localiza-se na Rocha Sudoeste. É automático, construído em fibra de vidro, com secção cilíndrica de um metro de diâmetro com seis metros de altura.
Na ocasião, foram também iniciados estudos para a construção de uma edificação que servisse de base a uma equipa de pesquisa que se envolvesse com a pesquisa oceanográfica e do meio-ambiente dos rochedos, instituindo-se o chamado Programa Arquipélago.
Com o apoio da Marinha, foram realizadas quatro viagens ao Arquipélago, procedendo-se o estudo de aspectos físico-ambientais, topográficos, de comportamento das aves, e outros, tendo como resultado a implantação da Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ECASPSP), inaugurada em 1998.
Ali, numa edificação de madeira de 45 metros quadrados, equipes de cientistas e pesquisadores revezam-se a cada 15 dias, com o apoio da Marinha do Brasil. As instalações compõem-se de uma cozinha, uma sala de refeições, centro de comunicações, quarto para quatro pessoas, casa de banho e varanda. O telhado conta com painéis fotovoltaicos para geração de energia elétrica. A pequena distância, ergue-se um abrigo para os geradores e baterias, um equipamento de dessalinização da água do mar e um outro abrigo para cilindros de oxigênio e de gás. Uma passarela liga a base ao ponto de embarque, servido por um turco. Entre os equipamentos científicos da base destaca-se um marégrafo.
Nos dias 5 e 6 de junho de 2006, a estação de pesquisas foi destruída por uma forte ressaca, tendo a equipa de pesquisa sido resgatada sob perigo de morte.












