Fonte: pe360graus
Eles dizem que a draga joga lama e lixo muito próximo do litoral, prejudicando a pesca

O trabalho de dragagem do Porto do Recife está preocupando os pescadores de Olinda. Eles dizem que a draga joga lama e lixo muito próximo do litoral, prejudicando a pesca.
Os pescadores costumam trabalhar a oito milhas da costa, cerca de 12 quilômetros. No caminho que a draga percorre é possível ver o rastro de lama, que começa logo depois que a embarcação sai da boca da barra. Ao soltar a lama, a draga leva para o mar também o lixo. É facil ver muitos caos plásticos boiando na água.
Os pescadores denunciam que a draga da empresa holandesa contratatda para remover a lama do cais do porto está despejando os dejetos numa distância que está afetando a pesca. "A gente coloca a rede de espera para peixe e naõ pega mais. Está difícil. Pescaria de espera, de rede boiada, a gente não bota mais. Está prejudicando a área de pesca artesanal", reclama o presidente da Cooperativa dos Pescadores de Olinda, Jorge da Silva.
"Isso está matando o polvo, a lagosta, espantando tudo. É uma lama danada, com lixo também. Era para a draga soltar (os dejetos) no mínimo a umas 15 milhas, 20 milhas do litoral, numa plataforma mais funda", sugere o vice-presidente da Cooperativa de Pescadores de Olinda, Oscar Beltrão.
O objetivo da dragagem é aumentar a profundidade no Porto, dos atuais seis metros para 11, 5 metros. O serviço começou a ser feito em março e deverá continuar até julho. Nesses quatro meses, deverão ser retirados 2, 5 milhões de metros cúbicos de lama.
O geólogo marinho Luís Lira entende a preocupação dos pescadores. Mas destaca a importância de se fazer a dragagem e afirma que, na altura onde a lama está sendo depoistada, não há bancos de corais. "O que existe são recifes de arenito e a sedimetnação sendo lançada a uma distância de 11 a 15 quilômetros, é possível que isso não venha atingir a zona da pesca", afirma.
O presidente do Porto do Recife, Alexandre Catão (foto 5), disse que todo o trabalho feito pela draga passa por uma supervisão ambiental. "Já estamos na segunda inspeção. São relatórios mandados para a CPRH, com análises de amostra de como está se comportando as plumas, com a relação do material que está a bordo da draga. Isso é um monitoramento definido pelo Conama e que está sendo acompanhado pela CPRH", garante.
A dragagem vai custar R$ 29 milhões, dinheiro liberado pelo PAC, através da Secretaria Especial dos Portos.








