Ao meio dia fomos para o shopping Recife onde almoçamos, deixei a turma toda lá e segui para casa do amigo e anjo da guarda Rafael Monteiro, combinamos de fazer uma pescaria em cima da pedras de Boa Viagem após as 3 da tarde, quando a maré estivesse mais baixa.
Para chegar até as pedras, temos que atravessar um canal que se forma com as águas que passam por cima das pedras, andamos com a água quase no pescoço, até ai tudo bem, com os pés no chão tudo é mais façil, o vento estava forte, e as ondas estavam quebrando em cima das pedras, onde estavamos, não é façil se manter em pé nessas condições, eu quase não parava em pé, enquandto que o Rafael mostrava sua destreza, o cara pareçe aqueles aratús, a onda bate, e ele nem se mexe, temos que tirar o chapéu para a tecnica dele.
Após algum tempo, o Rafael fisga um Camurupim, que depois de dois saltos, consegue se livrar da isca, resolvemos ir então a outro ponto, onde ficariamos pescando na areia, tentando os Camurins, depois de alguns arremessos e nenhuma captura, ele me disse, vamos para os xaréus, eu fiquei todo contente, de imediato concordei, o pesqueiro ficava quase em frente ao predio onde ele mora, só que lá, o canal que se forma com as águas que passam pelas pedras é um pouco mais fundo, do meio até as pedras, temos que nadar com as tralhas até as pedras, ele foi na frente e eu o acompanhei.
Apesar de saber nadar bem, tive dificuldade de chegar até as pedras nadando com a vara e a caixa de iscas em uma das mãos, em determinado momento, as ondas vinham fortes e a correnteza não me deixava chegar perto das pedras, percebendo isso, o Rafael pediu que eu lhe desse minha vara de pesca para ele segurar, assim o fiz, logo depois, tentei nadar só com a caixa de iscas e veio uma onda mais forte que fez com que eu engolisse muita água, ai já viu, um sufoco danado, não conseguia respirar direito, e agonizando pedi ajuda ao Rafael.
Em alguns segundos, ele veio em minha direção e literalmente salvou a minha vida, eu estava exausto, sem forças nem para me manter estavel, tive apenas a capacidade de me manter tranquilo e não cair em desespero, ainda segurei as duas varas, enquanto ele me rebocava até um local seguro.
Passado o susto, ainda fomos até outro ponto mais razo e subimos nas pedras, pode uma coisa dessa, depois de um aperreio desses, eu ainda queria pescar, só que não tivemos ação nenhuma, o tempo passou rapido e eu tinha que voltar para pegar a família para podermos voltar para João Pessoa.
Isso não é uma historia de pescador não, aconteceu agora a tarde comigo, e se não fosse a o Rafael, eu possivelmente não estaria agora contando essa aventura.
Espero que ninguem passe pelo que passei hoje, quem for pescar lá ou qualquer outro lugar que tenha que subir nas pedras, tomem bastante cuidado, o mais importante é a segurança.















