Caros amigos do Pesca Nordeste, em mais uma aventura do trio de pescadores Fabio Nunes, Rafael Monteiro e Caco Marinho, como não podia deixar de ser, muitas emoções a serem relatadas. Partimos por volta das 10 da manhã com destino a A-Ver-o-Mar na expectativa de repetir o duelo com as famigeradas araciboras que se encontram em abundancia por aquela região. Na viagem de ida muitas risadas e muita conversa boa, além da certeza de que capturaríamos bons exemplares, já que o tempo estava absolutamente favorável à pesca desta espécie. Mal sabíamos dos eventos que nos aguardavam...
Indo em nossa bela e rebelde embarcação
Caco
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Chegamos ao local, carro estacionado e uma parada no botequinho para fretar a embarcação que nos levaria até o ponto de pesca e hidratar o corpo com uma boa garrafa de água mineral. Colocamos a “catraia” na água e, com pouco vento e maré favorável, rapidamente chegamos aos arrecifes que serviriam de plataforma para nossos arremessos. A água estava bastante limpa, o que nos animou, pois poderíamos visualizar com facilidade o ataque dos peixes às nossas iscas.
No local
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Desembarcamos, amarramos o barco às pedras e partimos para a pescaria. Nisso Rafael diz, vou ali pra outra ponta filmar vcs pq aqui normalmente os peixes batem no primeiro arremesso. O primeiro a pinchar foi Fabio Nunes e eu poucos segundo depois. Logo depois que a isca cai na água escuto Fabio gritar “olha atrás da minha isca!” Era um agulhão que perseguia o seu engodo analisando a presa. Depois da corrida inicial o peixe desistiu do plug do meu amigo e, para a minha surpresa, se agradou da minha atracker que trabalhava próximo a dele. Atacou com voracidade colocando quase o corpo todo fora da água. Infelizmente, errou o bote. Isso nos deixou animados e ainda mais convictos que todos teriam fotos com bitelos ate o fim do dia.
Puxando nosso barco não adestrado
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Rafael que voltava do ponto de filmagem se juntou a nos e dentro em pouco vê um agulhão correndo atrás de sua isca. Na primeira ação, tentou a fisgada, mas sem sucesso. Arremessou em seguida no mesmo local e la estava o danado a espera do seu “alimento”. Entretanto, mas uma vez a fisgada não conferiu o exemplar.
Depois de mais algum tempo sem ações mudamos de ponto e fomos para uma entrada de mar onde, por uma falha nos arrecifes, peixes aproveitam para se aproximar da costa. Foi Rafael novamente a ser premiado com uma ação. Dessa vez uma barracuda de porte razoável que chegou a tomar linha antes de partir o leader de monofilamento 1, 00 mm com seus poderosos dentes.
Com a maré começando a encher voltamos para o ponto das araciboras e ficamos um bom tempo pinchando até voltarmos a ter ações. Rafael teve um peixe que perseguiu a isca até praticamente seus pés e eu, já com a mão cheia de calos e todo ralado ia desanimando da pescaria. Mas o melhor ainda estava por vir...
Como em todas as pescarias, é intensa a “tiração de onda” entre os participantes, e eu particularmente estou sempre soltando gracinhas. La pelas tantas, querendo assustar os companheiros me viro para o nosso “píer” e digo “Eita! Cadê o barco? Mal sabia eu que era a mais pura realidade
Então fica aqui a dica para os que não gostam de carregar o barco no final da pescaria.
1º - Amarre a embarcação com uma laçada numa pedra bem proeminente
2º - Espere a maré encher sem se preocupar com o nó efetuado
3º - Olhe para o seu porto e vislumbre o barco a deriva sendo carregado pela correnteza
Começava ai uma saga que teve momentos de preocupação e momentos de puro prazer.
Com a certeza que o barco não estava mais no local onde deveria partiram os questionamentos, O que fazer? A resposta veio tão obvia quanto aterradora. O jeito é nadar. E la fomos nos mar afora tentando chegar a praia. Fabio Nunes tomou a frente e quanto tentamos alcança-lo já não havia mais como faze-lo. Ficamos eu e Monteiro em uma ilha submersa a meio caminho do ponto onde estávamos e a praia. Tínhamos a consciência de que ir a nado até a praia seria arriscado e tentamos nos distrair com uma boa dose de risadas. Ficamos um bom tempo esperando alguma lancha, catraia, jantada, jet sky ou outro objeto flutuantes passar para que pudéssemos nos salvar.
Parte 1 (O susto)
Parte 2 (Desespero!)
Enfim chegamos em solo firme e ainda conseguimos resgatar alguns itens que estavam na nossa embarcação e chegaram junto com ela até a beira (a chave do carro estava entre eles)
Apesar de não conseguirmos tirar nenhum peixe da água e de termos passado meio que por um perrengue, foi uma das minhas melhores pescarias. Muito divertido compartilhar das palhaçadas com os amigos e agora temos mais uma historia pra contar








