Não sei se foi o meu maior feito, mas certamente um dos mais divertidos e complicado. Estávamos acampados à beira de um lago onde iríamos ficar uns três dias pescando. Meu pai tinha comprado um molinete e uma vara que ainda não tinham sequer visto água e estava numa ciumeira só, não deixava agente nem chegar perto. À noite após o jantar, percebemos que estava distraído deitado na rede ao lado de uma fogueira e, fortuitamente, passamos a mão no conjunto e fomos do outro lado do lago, “estrear” a belezinha. Numa dessas situações que acontece muito com pescador, naquele segundo de distração, o peixe levou vara com molinete e tudo para dentro da água. Como o local era próximo do acampamento, não tínhamos levado lanternas. Passamos um bom tempo arremessando com a carretilha do meu irmão, com chumbo e anzól enormes, na tentativa de pescar o conjunto novinho. O nervosismo e o estresse por conta do ocorrido e a possibilidade de uma bronca danada, nos deixava desolados e quando estávamos para desistir do revezamento das centenas de arremessos e encarar o fato de termos perdido o material, não é que arrastamos o conjuntinho? Foi uma festa só! Parecia que tínhamos engatado um baby de tanta alegria. Pegamos a carretilha, lavamos e guardamos no mesmo local.
Ele ficou sabendo disso muito tempo depois, numa outra pescaria.
abraços,