Mortandade de peixe deixa municípios em emergência

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Mortandade de peixe deixa municípios em emergência

Postagem Número:#1/5  Mensagempor Chrony Joseph » 26/03/2007 - 23:55:48

Tribuna da Bahia - 26/03/2007

Pelo menos nove localidades, entre cinco municípios, já sofrem com as conseqüências do maior desastre ecológico que vem afetando a Baía de Todos os Santos desde o início deste mês. A contaminação química, de origem ainda não determinada, provocou a morte de mais de 50 toneladas de peixes e mariscos e crustáceos pelo litoral do Recôncavo baiano e, conforme ambientalistas, os números não param de crescer. A situação, considerada de emergência em algumas regiões, além de afetar o ecossistema causa danos sociais, com a paralisação das atividades de milhares de pescadores. As populações já passam fome, privadas do seu alimento natural, o peixe. De acordo com o Centro de Recursos Ambientais (CRA) um laudo, aguardado para os próximos 13 dias, deverá apresentar as causas do problema. De acordo com a diretora-geral do órgão, Beth Wagner, a contaminação pode ser química ou orgânica. O primeiro caso, explicou ela, é a contaminação proveniente de indústriais e o segundo seria provocado pela proliferação de algas e conseqüente liberação de substâncias nocivas a vida marinha, o fenômeno é conhecido como “maré vermelha”.
Por conta do desastre ecológico, moradores das regiões afetadas estão proibidos de consumirem produtos oriundos do mar e, apara minimizar os prejuízos, o CRA buscou, no último final de semana, auxílio junto a empresas, como Coelba, Embasa e Telemar. A intenção, conforme o órgão, é solicitar a isenção do pagamento de contas das comunidades que vivem da pesca até que a situação seja normalizada. Alguns pescadores lamentaram quanto ao fornecimento apenas de cestas básicas, eles questionavam como pagariam as contas.
Na próxima quinta-feira, uma reunião com representantes da Petrobras e da Dow Química deverá resultar em mais ajuda para moradores de Salinas das Margaridas, Saubara e Bom Jesus dos Pobres, municípios atingidos pela contaminação. São Francisco do Conde e Santo Amaro são outros municípios que já sofrem com a situação.
O problema, classificado pela diretora do CRA como a “a maior tragédia ambiental da Baía de Todos os Santos”, está sendo analisado por laboratórios da Bahia e de São Paulo. Amostras de água do mar e animais marítimos foram enviados para o Instituto de Biologia da Ufba, para o laboratório Senai/Cetind, de Lauro de Freitas e laboratórios em São Paulo.
Espécies, como carapebas, xangós e xaréus, chegaram a praia de Cabuçu, distrito de Saubara, mortos arrastados pela maré alta. Nas primeiras análises nas vísceras dos animais mortos, foram encontrados resíduos de pesticidas, como BHC – proibido mundialmente por ser considerado carcinogênicos (que levam ao câncer), porém, explicou o coordenador de avaliação ambiental do CRA, Wilson Rossi, as concentrações observadas não explicam a quantidade de peixes mortos.
Conforme o diretor de fiscalização do CRA, Ronaldo Martins, todas as indústrias do entorno da Baía de Todos os Santos foram inspecionadas e nenhum vazamento foi encontrado. A informação, porém, não significa que a hipótese de contaminação química esteja descartada. O CRA continua monitorando o funcionamento das indústrias.
Na última sexta-feira, um ofício enviado pelo prefeito de Santo Amaro, João Roberto Melo, informou a decretação de situação de emergência no município diante do desastre ambiental. De acordo com o CRA, equipes estão de plantão monitorando a tragédia e, em nota, o órgão destacou a importância de que as entidades se organizem e encaminhem suas propostas aos órgãos competentes, “porque todos têm que mensurar o sofrimento dos que vivem da pesca e estão impossibilitados de exercer suas atividades”.
Para a ambientalista Telma Lobão, que trabalha de modo independente pelo litoral do Recôncavo baiano, não existe outra possibilidade para a contaminação que a de vazamento de gás natural. Segundo ela, “os peixes podiam ser vistos pulando da água, como se buscassem ar na superfície. Eles morreram asfixiados”, opinou. Lobão descarta a idéia de “maré vermelha” pela ausência de algumas características comuns ao desequilíbrio.
“O que ocorre em casos de proliferação de algas marinhas é um forte fedor de melancia proveniente do mar e reações aos seres humanos, como mucosa no nariz e ardor nos olhos e na boca.
Em casos mais críticos, pode ocorrer até mesmo vômitos e desmaios e isso não acontece nas regiões atingidas”, contestou.

(Por Lorena Costa)
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Postagem Número:#2/5  Mensagempor Ferreiro_AL » 27/03/2007 - 09:47:37

PQP! É deprimente, mas a tendência é que tais situações continuem a se repetir... Assim caminha a humanidade...
Quebra aê, quebra aê, olha ASA aê!
O ASA chegou, o ASA bombou!
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Postagem Número:#3/5  Mensagempor Leonardo Correia » 27/03/2007 - 10:21:14

Puxa vida! que desastre.

Uma pena o que aconteceu e sabermos que nao foi o primeiro e nem sera o ultimo....
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Postagem Número:#4/5  Mensagempor Diogo Medeiros » 27/03/2007 - 20:25:19

eh osso neh...
isso me lembra a lagoa rodrigo de freitas nas antigas.. mas eh revoltante mesmo..
“Quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver secado, quando o último peixe for pescado, vocês vão entender que dinheiro não se come”
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Postagem Número:#5/5  Mensagempor Savio » 30/03/2007 - 11:16:19

PRODUTOS QUÍMICOS MATARAM PEIXES NA BAHIA
Laudo é de centro de pesquisas local; especialistas buscam origem das substâncias
Por: Gustavo Simon
Publicado em: 28/3/2007

Depois de muito mistério, pesquisadores finalmente descobriram a causa da mortandade de peixes que atingiu a região da Baía de Todos os Santos, no litoral baiano nas últimas semanas.
Foto: Reprodução/TV Globo



Técnicos do Centro de Recursos Ambientais, CRA, concluíram em um laudo divulgado nesta terça-feira (27) que a água das praias foi contaminada com dois produtos químicos, um solvente e um tipo de pesticida - que, inclusive, tem a venda proibida no País.
O tricloropropano e o BHC foram detectados em amostras de água analisadas em laboratório.
A suspeita de que uma contaminação pudesse ter matado os peixes surgiu depois que se constatou a presença de manchas avermelhadas nas águas - e do registro de pelos menos 185 pessoas que sofreram queimaduras, vômitos e diarréia depois de banhos de mar.
Resta saber, agora, a origem das substâncias. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, os técnicos trabalham com duas hipóteses principais.
Uma delas é um acidente, que resultou no vazamento dos produtos de tanques de indústrias instaladas em áreas próximas à baía. Além de um gasoduto da Petrobras, há na região fazendas de criação de camarões e empresas petroquímicas.
A segunda é o fenômeno batizado de maré vermelha, uma proliferação de algas - que podem ter sido contaminadas e carregadas até as praias pelas correntes marítimas.
O laudo final deve ser concluído nas próximas semanas.
Histórico - Desde o último dia 8 a região tem sofrido com a contaminação. Estima-se que 50 toneladas de peixes, crustáceos e mariscos tenham morrido, o que impossibilitou a pesca.
Mais de 10 mil pessoas que moram na baía dependem da atividade para sobreviver e estão proibidas de trabalhar, obter renda e mesmo comer - algumas praias vetaram também o banho de mar de turistas e ribeirinhos.
A suspeita inicial dos pesquisadores para as mortes eram problemas decorrentes da pesca com bomba, prática predatória relativamente comum na região. Alguns pescadores chegaram a ser detidos pela Polícia pela atividade.
Como as mortes continuaram mesmo com a presença policial e a diminuição da pesca com bomba, as análises tomaram outro rumo.
Algumas cidades da região, como Santo Amaro, Salinas da Margarida e Saubara decretaram situação de emergência. O prefeito de Salinas pediu que o Ibama estabeleça um defeso de emergência, para permitir o pagamento de um seguro-defeso para os pescadores.
Segundo a Folha, famílias de Saubara receberam 2 mil cestas básicas na terça, para amenizar os prejuízos.

Reportagem retirada do site. http://pesca-cia.uol.com.br/noticias/noticias.asp?idMateria=601
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