por Fonte: Parnambuco de A/Z
"Um grupo de 35 famílias de agricultores do Assentamento Riacho Fundo, no município de Lagoa Grande, desenvolve, há cinco anos, um belo trabalho de recomposição da mata ciliar do Rio São Francisco. Foram plantadas três mil árvores das mais variadas espécies nativas e os primeiros resultados já são visíveis: a erosão das margens foi reduzida e naquele trecho já não é mais possível atravessar o rio a pé, como acontecia antes da consolidação do projeto.
Maria do Carmo Silva, secretária da associação dos moradores do assentamento, explica que no início os agricultores não gostaram da proposta de destinar à mata ciliar uma faixa de 50 metros à margem do rio, pois era naquela área que estavam construídas as casas dos assentados. Mas, depois que eles viram o projeto da nova vila (afastada um quilômetro da beira do rio) e também foram treinados sobre a importância da mata, aí eles decidiram “arriscar”.
- Eu não sei mentir e digo com certeza que não foi só eu, não: foi todo mundo que topou mas sem acreditar que o projeto ia dar certo. Hoje, a gente tá diante dessa maravilha aqui”, afirma Maria do Carmo apontando para a área reflorestada, onde plantas como a ingazeira, o angico, a baraúna e outras já atingem mais de três metros de altura. A área destinada à agricultura vem logo a seguir e ali todos hoje vivem do que plantam, usando a irrigação e sem agredir o rio.
A maioria dos agricultores do Riacho Fundo é oriunda do Sertão do São Francisco, seja de Lagoa Grande ou municípios vizinhos. Eles chegaram ali em abril de 2000 para ocupar a propriedade que logo seria desapropriada. O projeto de recomposição da mata ciliar teria início mais tarde (setembro de 2002), por iniciativa de técnicos do IPA-Empresa Pernambucana de pesquisa Agropecuária, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Reforma Agrária.
Leonildo Leopoldo da Silva, outro assentado, também é de opinião que o projeto desenvolvido no Riacho Fundo só trouxe vantagens. Primeiro, afirma ele, porque “depois que a mata cresceu parece que o rio tem mais água”. As casas da comunidade também são melhores, com luz elétrica e água encanada. E agora todos os agricultores têm assistência de técnicos do IPA. Ele só lamenta que outros assentamento não façam o mesmo e, olhando a mata ciliar, afirma:
- É muito bonito quando os galhos das plantas ficam beijando a água do rio.
Para os técnicos do IPA, o projeto desenvolvido em Lagoa Grande deve ser analisado, ao mesmo tempo, sob dois pontos de vista. Primeiro, lembrando que a área reflorestada (cerca de 800 metros) ainda é pouco representativa, levando-se em conta a extensão do Rio São Francisco. Mas, o fato de agricultores familiares terem acreditado na importância da recomposição da mata ciliar e se engajarem ao projeto, isso faz com que o trabalho tenha dimensão gigantesca."
Basta ajudar um pouco a natureza que ela faz a parte dela!
Abraço
"Um grupo de 35 famílias de agricultores do Assentamento Riacho Fundo, no município de Lagoa Grande, desenvolve, há cinco anos, um belo trabalho de recomposição da mata ciliar do Rio São Francisco. Foram plantadas três mil árvores das mais variadas espécies nativas e os primeiros resultados já são visíveis: a erosão das margens foi reduzida e naquele trecho já não é mais possível atravessar o rio a pé, como acontecia antes da consolidação do projeto.
Maria do Carmo Silva, secretária da associação dos moradores do assentamento, explica que no início os agricultores não gostaram da proposta de destinar à mata ciliar uma faixa de 50 metros à margem do rio, pois era naquela área que estavam construídas as casas dos assentados. Mas, depois que eles viram o projeto da nova vila (afastada um quilômetro da beira do rio) e também foram treinados sobre a importância da mata, aí eles decidiram “arriscar”.
- Eu não sei mentir e digo com certeza que não foi só eu, não: foi todo mundo que topou mas sem acreditar que o projeto ia dar certo. Hoje, a gente tá diante dessa maravilha aqui”, afirma Maria do Carmo apontando para a área reflorestada, onde plantas como a ingazeira, o angico, a baraúna e outras já atingem mais de três metros de altura. A área destinada à agricultura vem logo a seguir e ali todos hoje vivem do que plantam, usando a irrigação e sem agredir o rio.
A maioria dos agricultores do Riacho Fundo é oriunda do Sertão do São Francisco, seja de Lagoa Grande ou municípios vizinhos. Eles chegaram ali em abril de 2000 para ocupar a propriedade que logo seria desapropriada. O projeto de recomposição da mata ciliar teria início mais tarde (setembro de 2002), por iniciativa de técnicos do IPA-Empresa Pernambucana de pesquisa Agropecuária, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Reforma Agrária.
Leonildo Leopoldo da Silva, outro assentado, também é de opinião que o projeto desenvolvido no Riacho Fundo só trouxe vantagens. Primeiro, afirma ele, porque “depois que a mata cresceu parece que o rio tem mais água”. As casas da comunidade também são melhores, com luz elétrica e água encanada. E agora todos os agricultores têm assistência de técnicos do IPA. Ele só lamenta que outros assentamento não façam o mesmo e, olhando a mata ciliar, afirma:
- É muito bonito quando os galhos das plantas ficam beijando a água do rio.
Para os técnicos do IPA, o projeto desenvolvido em Lagoa Grande deve ser analisado, ao mesmo tempo, sob dois pontos de vista. Primeiro, lembrando que a área reflorestada (cerca de 800 metros) ainda é pouco representativa, levando-se em conta a extensão do Rio São Francisco. Mas, o fato de agricultores familiares terem acreditado na importância da recomposição da mata ciliar e se engajarem ao projeto, isso faz com que o trabalho tenha dimensão gigantesca."
Basta ajudar um pouco a natureza que ela faz a parte dela!
Abraço
