O potencial pesqueiro do nordeste é uma realidade comprovada a cada dia, através de nós pescadores esportivos e nossas pescarias relatadas, desta maneira cada um apresenta ao país através do PESCA-NE a variedade dos peixes de cada Estado.
Como paraibano é fruto de meu conhecimento e de alguns, a presença do Rei Prateado em nossas águas. E verdade dizer, que já tenho conhecimento das informações abaixo há algum tempo, mas pelo ego pessoal, não compartilhei as boas novas, queria ser o primeiro pescador esportivo da região a pegar um Tarpon gigante em sua rota migratória de reprodução em nosso estuário. Pratiquei por 3 vezes a pescaria, mas em duas delas foi um fracasso total, e na terceira, uma das canoas que estava no local teve uma bela ação, mas no segundo salto o peixe foi embora. “Tarpon é Tarpon’’.
Mas, percebi que o egoísmo de meu ego não é benéfico à difusão da pescaria esportiva, e resolvi compartilhar com todos e principalmente com os paraibanos meu humilde conhecimento sobre o Rei na Paraíba.
O Porto de Cabedelo foi construído na foz do rio Paraíba, e sua posição geográfica permite que diversas espécies de peixes entrem diariamente para reproduzir nas águas calmas de seu vasto manguezal.
Foto aérea da foz do rio Paraíba:
Carta Náutica:
Imagem Google Earth:
O “Seu” Paulo, pescador ribeirinho da região dedica sua pescaria ao Camurupim (Tarpon), e todos os dias sai em busca do pão de cada dia.
Tarpon de aproximadamente 60 kg’s pego pelo Paulo na boca da barra:
Como devem imaginar o peixe foi abatido, pois ao contrario de nós, muitos sobrevivem da pescaria como única fonte de renda. Vejo o lado positivo apartir das seguintes informações que colhi, o peixe é capturado com “linha de mao” e não redes, os poucos que são fisgados nem sempre são embarcados, ou seja, muitos peixes conseguem entrar no rio e cumprir com sua jornada migratória.
A proximidade e facilidade de se chegar ao pesqueiro são pontos favoráveis, não leva-se mais de 20 minutos para chegar, tomando como ponto de partida a Praia do Jacaré, sendo apenas necessário seguir as bóias de sinalização do porto para chegar ao local. Os pontos desfavoráveis são os seguintes, apesar da proximidade, as águas no local são agitadas e o enjôo é algo incomodo, além de ser uma pescaria de espera. Mas, é o preço que pagamos pela majestade prateada.
As iscas utilizadas são tainhas inteiras e espadas partidas ao meio, o uso de chumbo é necessário, mas quando a correnteza para, o peso da própria isca da conta do recado.
Chamo a todos os amigos, em especial os paraibanos a colocarem seus barcos na água, para a corrida ao gigante prateado, pois sua época de reprodução esta quase chegando ao fim, e só recomeçará novamente em Novembro.
Boa sorte a todos!















