Wilma entra na luta contra novas regras para a pesca da lagosta
Governadora solicitou à Secretaria Nacional de Pesca e Aqüicultura três meses para entrar em vigor a proibição do uso das tradicionais redes
Os prefeitos Ednólia Melo, de Ceará-Mirim; Fátima Barbosa, de Pedra Grande; Amaro Saturnino, de Maxaranguape; Francisco das Chagas, de Rio do Fogo e Amarildo Morais, de Caiçara do Norte, foram recebidos no final dessa manhã pela governadora Wilma de Faria. Em nome de cerca de 600 pescadores que se dirigiram à Governadoria, eles solicitaram da chefe do executivo o intermédio junto ao governo federal para prorrogar medidas que são prejudiciais para a pesca da lagosta no Rio Grande do Norte.
O grito desesperado dos pescadores foi ouvido. A governadora Wilma de Faria solicitou à Secretaria Nacional de Pesca e Aqüicultura um prazo de três meses para entrar em vigor a determinação do Ibama proibindo a extração da lagosta utilizando as tradicionais redes. “Sei que devemos ter a preocupação com a preservação do crustáceo, mas os pescadores do Estado não receberam o treinamento necessário e o crédito para adquirir os novos equipamentos. E, por isso, irão perder a única fonte de renda de suas famílias. Estou preocupada com a questão social gerada por esse impasse”, declarou.
Medidas
Para evitar a extinção da lagosta no país, entrou em vigor no último sábado (16) uma determinação federal proibindo a extração do crustáceo utilizando as tradicionais redes, que é a forma predominante no litoral nordestino. O único modo de pesca liberado é o que utiliza os covos, que por serem mais caros e de capacidade extrativa menor, são usados apenas na pesca industrial, onde as grandes embarcações podem levar milhares dessas armadilhas.
No Rio Grande do Norte dos cerca de 6.500 pescadores, pouco mais de 1.700 conseguiram suas autorizações junto ao Ibama para trabalhar utilizando os covos. Mesmo estes estão impossibilitados de ir ao mar por falta de conhecimento técnico para manuseio e falta de recursos para adquirir as armadilhas. “Sei que é importante essa nova determinação do Ibama, mas ela deveria ser precedida de treinamento adequado e crédito para aquisição dos novos equipamentos. Pela informação, isso ainda não ocorreu no Estado. Por isso, acho importante esse prazo de três meses que seriam utilizados para a qualificação e liberação de crédito”, argumentou a governadora.












